Planejamento financeiro é “o processo de formulação de estratégias para auxiliar os indivíduos a gerenciarem seus assuntos financeiros para atingirem seus objetivos de vida” (SOUSA, 2018).
Os sete componentes mais relevantes envolvidos na elaboração de um plano financeiro: (i) gestão financeira (criação de reservas); (ii) gestão de risco e proteções; (iii) gestão de ativos; (iv) planejamento da longevidade – pós-aposentadoria (planejamento previdenciário); (v) planejamento tributário; (vi) planejamento sucessório; e (vii) aspectos psicológicos e comportamentais (SOUSA, 2018).
Não diminuindo a importância dos demais componentes que envolvem o planejamento financeiro, mas a gestão financeira é o início de todas as análises e, sem a sua avaliação minuciosa, os demais itens ficarão prejudicados. Vejamos:
[…] quando nos referimos à gestão financeira, estamos falando da criação e manutenção da capacidade financeira de honrar compromissos – não apenas os presentes, mas também os futuros – para que se possa atingir as metas e os objetivos traçados para curto, médio e longo prazos.
Uma boa gestão financeira é fundamental para que a sustentabilidade e o bem-estar sejam alcançados e mantidos durante todo o ciclo de vida (SOUSA, 2018, grifo nosso).
Entretanto, o foco deste trabalho não é aprofundar em todos os componentes do planejamento financeiro, mas abordar alguns deles necessários no processo de elaboração e sugestão de uma carteira de investimentos. Ou seja, o principal objetivo deste estudo é a análise da gestão de ativos.
O primeiro passo para um planejamento financeiro bem sucedido é a elaboração do orçamento anual. Para tanto, é preciso incluir em uma planilha as receitas e as despesas ocorridas pelo menos nos últimos doze meses. As despesas podem ser divididas em duas classes: despesas essenciais e despesas não essenciais. Vale lembrar que uma das maneiras mais fáceis de aumentar o superavit mensal é “cortando” as despesas não essenciais, já que nem sempre é possível reduzir as despesas essenciais no curto prazo (NIGRO, 2018).
Alguns especialistas no assunto denominam o referido levantamento de dados de “anamnese[1] financeira” ou diagnóstico financeiro (NIGRO, 2018). Após o referido diagnóstico, pode-se estimar o valor médio das despesas mensais. Adiante, será demonstrado a importância de tal valor na constituição da reserva de emergência.
[1] Medicina: conjunto de informações dadas por paciente, ou familiares, ou outros, e referentes à quando começou, como começou, como evoluiu, e como se manifesta a doença, pela ocasião em que, pela primeira vez, é consultado o médico (FERREIRA, 2010).
[2] SOUSA, Almir Ferreira et al (org.). Planejamento financeiro pessoal e gestão do patrimônio: fundamentos e práticas. 2ª ed. Barueri-SP: Manole, 2018.
[3] NIGRO, Thiago. Do mil ao milhão: sem cortar o cafezinho. Rio de Janeiro: Harper Collins, 2018.
[4] FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. 5ª ed. Curitiba: Editora Positivo, 2010.
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